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Como absorvemos, diariamente, as merdas do cotidiano?

No espetáculo INTESTINO, o assassinato de um garoto negro por uma multidão enfurecida, em plena luz do dia, serve de fio condutor da narrativa. O acontecimento é analisado sob múltiplos enfoques pelo elenco, conforme o lugar de fala que ocupam, como negros ou brancos, gays, bissexuais ou heterossexuais. Além desta abordagem pelas experiências pessoais, um impulso para a visão crítica da plateia, são utilizados recursos como a comparação de acontecimentos reais com processos biológicos do corpo, a ironia e o humor, nestes dois últimos casos para induzir maior desconforto com a tragédia anunciada.

Elaborado em 2019, por alunos do curso de Teatro da UFRGS, a peça chama atenção para a naturalização da violência no cotidiano. As origens apontadas, discriminação e segregação social, clamam por maior atenção e debate, especialmente neste contexto histórico de recrudescimento da intolerância e do individualismo. O Teatro emerge como ferramenta poderosa de conscientização do público sobre estas causas de nossas mazelas, um passo necessário para superá-las.

Estruturada a partir do funcionamento do sistema digestivo, "Intestino" alimenta-se de uma história verídica e trágica ocorrida numa véspera de Natal como pretexto para expor a merda humana, no seu sentido metafórico e literal. Através de fragmentos que confundem o real com o fictício, queremos expor nossas entranhas - com humor e sem pudores.


O espetáculo permanecerá em cartaz de 13 a 29 de março, sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 18h, no Teatro Bruno Kiefer (Casa de Cultura Mário Quintana). Os ingressos podem ser adquiridos antecipadamente pelo site da EntreAtos em www.entreatosdivulga.com.br/intestino.

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