Sinopse:
Após um banquete aparentemente inofensivo, dez convidados se vêem inexplicavelmente presos em uma mansão decadente, onde o tempo parece corroer a lógica e o bom senso. À medida que os dias avançam, o verniz social cede lugar ao grotesco: alianças se desfazem, segredos emergem, o que poderia existir de decoro se desfaz. Com humor sarcástico e atmosfera sombria, El Banquete: um outro anjo exterminador reinventa o universo de Buñuel, misturando o realismo fantástico com o absurdo teatral de Os Sete Suspeitos e o requinte decadente de O Grande Hotel Budapeste para explorar o colapso das aparências, onde o verdadeiro cárcere é o ego de cada um.

Ficha Técnica:
Direção: Everton Rodrigues, Larissa Sanguiné
Arranjos Sonoros: Everton Rodrigues

Orientação: Zé Adão Barbosa, Carlota Albuquerque, Eduardo Mendas, Everton Rodrigues, Gabriel Fachini, Jacqueline Pinzon e Larissa Sanguiné.
Texto: O Elenco
Dramaturgia: Larissa Sanguiné
Elenco: Eduarda Maack, Eduarda Stahlhofer, Felipe F. Segal, Gabriel Pereira, Giovanna Lo Iacono, Guilherme Yan, Larissa Martins, Leandro Dias, Mariah de Aquino e Rafael Cassol

Criação e Operação de Luz: Vicente Vargas
Figurino: Victória Sanguiné e Titi Lopes

Cenografia: Ricardo Zigomático

Sonoplastia: Bruno Busato
Arte Gráfica: Giovanna Lo Iacono

Direção de produção: Leandra Kruger
Assistência de Produção: Alexei Goldenberg
Captação de Imagens de Divulgação: Larissa Sanguiné e Pablo Montiel

Edição Teaser: Pablo Montiel
Divulgação: Escola Casa de Teatro e o Elenco Direção: Zé Adão Barbosa
Direção de Marketing: Ana Cristina de Oliveira

Coordenação Pedagógica: Larissa Sanguiné

Gerência Administrativa: Silvana Maya

Secretaria e Comercial: Tuany Aveline
Realização: Escola Casa de Teatro

A Escola Casa de Teatro apresenta "EL BANQUETE: um outro anjo exterminador", espetáculo criado por sua mais recente turma do curso de Formação de Atores da Escola Casa de Teatro. Com direção de Everton Rodrigues e Larissa Sanguiné, e um elenco de 10 novos atores e atrizes, a peça é livremente inspirada na obra cinematográfica O Anjo Exterminador (1962), de Luis Buñuel, e se apropria de seu conceito central para construir uma nova fábula cênica, provocadora e contemporânea.
Assim como no filme de Buñuel, o espetáculo explora o limiar entre a razão e o delírio, revelando as fissuras da moral e da civilidade em um grupo de personagens que inexplicavelmente não conseguem deixar um espaço. No entanto, a montagem não se propõe a uma adaptação literal: o elenco cria personagens inéditos, inspirados por ícones da cultura pop, desconstruindo os arquétipos tradicionais da elite e suas relações de poder.
Essas novas figuras são concebidas a partir de composições investigadas através de alterações corporais e narrativas inventadas sob a perspectiva do realismo fantástico, linguagem que perpassa toda a encenação. Cada personagem carrega sua própria fábula e na medida em que revelam suas conexões, também estabelecem diálogos diretos com o público, discutindo as tensões propostas pela dramaturgia a partir de recursos do distanciamento brechtiano. A trilha é outro elemento marcante da montagem, com criações sonoras autorais, executadas ao vivo pelo próprio elenco, buscando referências da latinidade do realismo fantástico, com destaque para tangos portenhos, jazz e sonoridades experimentais que acompanham o desenrolar da narrativa.
O título do espetáculo faz referência ao mito do Anjo Exterminador, figura presente em diversas culturas e religiões como símbolo de um fim inevitável, seja ele uma desgraça, uma redenção ou uma transformação. No desenrolar da narrativa, o elenco apresenta o que imaginam que poderia acontecer, revelando o lado perverso da humanidade corrompida por vícios, poder e ego. Um mito ancestral, um conceito filosófico, um filme de Buñuel... ou, quem sabe, um novo banquete para o fim dos tempos.

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